Pouco mais sobre a minha trajétoria ...

Este post é sobre FOFOCA, no caso, sobre a minha vida, se interessa-lhe saber sobre a construção do meu percurso acadêmico e lugares que já trabalhei...

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• Graduação em Psicologia Universidade Federal de Uberlândia (2014-2019)

Interessei-me por Psicologia enquanto eu fazia cursinho pré-vestibular. Foi quando passei pelo Enem na UFU em 2014.

Após entrar em Psicologia, eu vivia um grande impasse se realmente seguiria com o curso porque me perguntava como "só falar" poderia ajudar alguém em processos tão dolorosos.

Ainda muito condicionada ao discurso positivista e cientificista, precisei estudar os processos de Plasticidade Cerebral e as possibilidades de mudanças através de novas construções de comportamentos e linguagem. A neuroplasticidade designada como possibilidade de modificação nas estruturas do cerebro como se fosse novos caminhos que podem ser descobertos e aprendidos ao longo de toda a vida do individuo.

A partir desse breve estudo, eu tive a resposta que procurava e me dediquei intensamente a graduação em Psicologia.

Pelo quinto período da graduação, eu comecei um estágio supervisionado em que eu, minha professora e mais duas alunas atendiamos um grupo familiar. Minha professora, Miriam Tachibana, psicanalista da linha inglesa teve um grande papel na minha formação. Desde então comecei meu percurso de trabalho com famílias, especialmente, crianças e adolescentes.

A convite da própria Miriam, eu iniciei o trabalho na ONG SOS Mulher e família em Uberlândia como extensionista. Eu trabalhei atendendo crianças e adolescentes que haviam sido vítimas de diversas formas de violência.

Parelelo a este trabalho eu coordenei a Liga Acadêmica de Saúde Mental em que estudantes de Psicologia e Medicina se uniam para estudar sobre Saúde Mental. Foi um projeto muito interessante envolvia contato com o Hospital das Clínicas da UFU, em especial, a Ala de Saúde Mental.

Na minha epóca de estágios supervisionados tive a oportunidade de trabalhar com a Lígia Carolina em uma especialidade de Psicologia do Trabalho e Organizacional. Trabalhei com Orientação de Carreira, em especial, com mulheres em profissão predeminantemente masculina. Aprendi muito nessa epoca e falar de trabalho é algo que muito me interessa!

Outro estágio que pude participar foi em clínica que acompanhavamos crianças com o diagnóstico de autismo, a partir de uma supervisão lacaniana.

• Trabalhos voluntários

• Percurso clínico

A clínica não foi a minha primeira opção, eu gostaria de trabalhar como residente em hospitais, por isso prestei residência em Psicologia, no entanto, eu não passei. Visto isso, minha opção era seguir para a clínica.

Desse modo comecei a atender na clínica desde que me formei, evitei a ir para clínica inicialmente porque tinha medo da temida "instabilidade" que era sempre muito falada na graduação, mas me arrisquei porque era o que eu realmente queria.

Inicialmente, eu atendi vários planos de saúde, eles me serviram para ter experiência clínica e atender muitas demandas diversas. No entanto, trabalhar com plano de saúde por muito tempo é insustentável pelos diversos problemas em relação a condições de trabalho envolvendo valores baixos e altas demandas de números de atendimento, sem poder me dedicar a casos que merecem atenção e estudos.

Comecei a minha análise com uma psicanalista lacaniana em 2019, a partir do momento, eu vi a perseguir o meu desejo de me tornar psicanalista. A psicanálise não tem uma graduação, ela passa por uma formação em que o tripé psicanalitico entra como orientação do percurso de um analista. O tripé consiste em Análise, Supervisão e Estudos Teoricos em Psicanalise.

O caminho de se tornar psicanalista começa em sua análise pessoal e percorre toda uma vida a partir construção/desconstrução de saberes sobre si e sobre a teoria. Portanto minha análise começa para que eu construa através do meu desejo o que é esse trem de ser psicanalista.

• Mestrado em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Uberlândia (2022-2024)